Quando o mundo fica negro
e todo o sol se escurece.
Quando volto-me para dentro,
pro fundo de todo meu ser,
incomodo os surdos-mudos
com meus gritos silenciosos.
Quando sinto minha fé diminuir
e todo meu interior desfalece,
toda minha estrutura interna cai,
acordo os loucos de dentro de mim
e luto contra moinhos mortais,
contra ventos de chuva quente.
Quando toda minha vida enlouquece
e os duendes de meu mundo de dentro
ficam insanos e berram,
eu desfaleço e mergulho no poço de lama
que mora no inconsciente.
Busco em que me firmar
e, na noite escura,
sem estrelas do meu coração
eu grito Teu nome e rezo
para que venhas amparar-me,
me dar a mão.
Eu grito Teu nome e suplico
para que venhas me salvar.
Quando os sonhos derretem feito gelo ao sol
e as esperanças escorrem feito água entre os dedos.
Quando a angústia aperta com dedos de aço
a minha garanta e sufoca-me.
Quando os ventos, os raios e trovões da tempestade
assolam meu interior e eu desmancho
feito castelo de areia na praia,
eu grito Teu nome, meu Deus,
e choro para que venhas encontrar-me.
18/08/88
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
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