terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Primavera inútil

O campo se cobriu de flores
e as árvores brilham em verde festa.
Os pássaros cantam alegres e ruidosas melodias,
as crianças sorriem e correm, brincam.
O céu está mais azul.
A primavera se faz presente
mas é-me inútil.
Não sinto o doce aroma da brisa
nem danço a musica dos pássaros.
Estou sem você
e os minutos parecem anos de ausência e dor,
os segundos são séculos de saudades incontidas.
E as noites, essas são viagens de desejos reprimidos,
barcos de gemidos sufocados.
A alma chora embrulhada na dor.
Primavera inútil esta:
não floresci, não renasci.
Continuo morrendo
por você.

16/08/90

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