Teve início este mês a campanha de vacinação em prevenção ao vírus da famigerada Gripe Suína–H1N1, limitada a apenas algumas categorias profissionais ou faixas etárias populacional. Diante da grita geral dos que foram colocados do lado de fora da lista dos beneficiados, o Ministro da Saúde, Temporão, veio a público esclarecer algumas questões. Disse ainda que a vacina estará disponível nas clínicas particulares para os demais que não se encaixem nos quesitos do Ministério da Saúde.
Tudo muito bom, tudo muito bem. Vamos a alguns fatos: primeiro, temos alguns profissionais locados no Ministério da Saúde que decidem quem deve viver e quem deve morrer em caso de uma epidemia grave da referida gripe. Carrascos modernos, aplicam a seu bel prazer a pena de morte, a título de justificar que os escolhidos para receberem a vacina compõem uma parcela sob maior risco. Talvez supondo que todos nós, os deixados de fora, fôssemos imunes naturalmente ao tal vírus ou não merecêssemos ser imunizados por havermos cometidos o grave crime de não nos encaixarmos nem como profissionais de saúde e nem como integrante dos outros quesitos. Segundo: na visão do Ministro, os brasileiros excluídos de sua seleta lista são todos aqueles pertencentes às classes sociais mais abastadas, pois poderão pagar pela vacina em clínicas particulares. Não há entre estes excluídos pobres, assalariados ou desempregados.
Que país é este que escolhe quem merece viver e quem merece morrer?? Oras bolas, se se sabia que a gripe voltaria em novo surto este ano, que nossos dirigentes da área da saúde se preparassem para fazer mais. Que se separassem recursos para a compra. Recursos financeiros para adquirir o medicamento?? Há aos montes para rechear cuecas, para pagar funcionários fantasmas, para pagar propinas, para serem desviados dos mais variados projetos. Impossível que não os haja para socorrer necessidades da saúde. É, mas segundo nossos mandantes, não há.
Enquanto isto, continuamos no mundo dos excluídos...
quarta-feira, 17 de março de 2010
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