Corre pelas ruas a água barrenta da chuva
e cai cristalina, contrastante.
Corre murmurando um murmúrio sonolento,
a água da chuva no telhado.
Desenha caminhos de fantasia na vidraça,
a água em cristal líquido.
Canta nas folhas das árvores o vento
um murmúrio de acalanto,
uma cantiga de ninar
que adormece o coração.
Parece que a chuva ri dos seres
que caminham irrequietos e apressados
e ela insiste em cair.
A paisagem fica lavada
e o sol brilha mais intenso.
A vida reluz em toda parte,
parece que foi levada do mundo a tristeza,
resta a sensação de alívio,
um quê de liberdade.
Dá vontade de cantar.
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
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