De que vale a chuva caindo,
matreira correndo em minúsculos regatos
entre as pedras da calçada?
De que vale o sol dourando as flores,
refletindo em gotas de orvalhos
que cobrem arbustos à beira do caminho?
De que vale o vento soprando leve
e agitando bandeiras tremulantes
ou galhos de árvores refrescantes?
De que vale o dia que nasce radiante,
a noite que chega serena,
a lua que esparrama prata nos montes?
De que valem crianças correndo,
em festa na grama do parque,
em gritos no recreio da escola?
De que vale se a vida que passa,
que passa e vai se esvaindo
não tem a presença maior,
não tem a sua presença,
só é feita de ausência e de dor?
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
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